A lei de número 11.285, que põe fim às carroças puxadas por animais em Belo Horizonte, foi sancionada pela Prefeitura Municipal em Janeiro de 2020.
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Já está em vigor a Lei 11.284, sancionada pela Prefeitura de Belo Horizonte em 23 de janeiro de 2021, que institui o Programa de Certificação de Crédito Verde PCCV) , baseado no projeto de lei 179/2017, apresentado pelo vereador Gabriel Azevedo (Patri).
O programa tem como objetivo conceder o direito ao Certificado de Crédito Verde a imóveis que implantarem medidas de sustentabilidade. O certificado poderá ser usado para pagamento total ou parcial de créditos tributários e não tributários inscritos na dívida ativa municipal. De responsabilidade da Secretaria Municipal de Fazenda, ele será emitido em nome dos titulares dos imóveis que adotarem as medidas previstas e não poderá ser utilizado para pagamento de créditos tributários de natureza previdenciária.
Somente serão admitidos no programa os imóveis que implantarem medidas de sustentabilidade e resiliência reconhecidas pelo Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental da Prefeitura de Belo Horizonte – Selo BH Sustentável – e que “possuam regularidade fiscal perante a fazenda pública municipal e não tenham pendências relativas ao licenciamento ou à fiscalização ambiental.”
Desconto
Os cálculos dos valores a serem descontados terão como base os custos de implantação das medidas de sustentabilidade e serão outorgados nos seguintes percentuais destes custos: 5% (Selo Bronze), 10% (Selo Prata), 15% (Selo Ouro) ou 20% (Selo Diamante), sempre tendo como base alternativas de sustentabilidade nas dimensões água, energia, enfrentamento às mudanças climáticas, mobilidade, permeabilidade ou resíduos. Os custos de implantação das medidas de sustentabilidade deverão ser comprovados por meio de documentos fiscais relativos às despesas correspondentes, e a sua efetiva implantação deverá ser atestada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os créditos poderão ser utilizados pelos titulares dos imóveis certificados ou por terceiros “a quem ele for cedido mediante instrumento público de transferência”.
As medidas de sustentabilidade implantadas que receberem o Crédito Verde deverão ser mantidas nas mesmas condições de eficiência em um período de pelo menos cinco anos. O certificado poderá ser cancelado se for verificado o descumprimento das condições exigidas na lei. Com o cancelamento, os créditos concedidos serão revogados e os valores deverão ser integralmente restituídos ao município pelo titular do imóvel.
Fonte: Câmara Municipal de Belo Horizonte – https://www.cmbh.mg.gov.br/comunicação/not%C3%ADcias/2021/01/sancionado-crédito-verde-benef%C3%ADcio-para-imóveis-que-implantarem-medidas
A coleta seletiva em Belo Horizonte – MG
A prefeitura de Belo Horizonte desde o dia 23 de março deste ano suspendeu a coleta seletiva de porta em porta e de ponto em ponto. Segundo o site G1 que publicou a decisão da Prefeitura de Belo Horizonte em março, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) suspendeu o recolhimento visando a saúde dos trabalhadores que manuseiam os recicláveis e que poderiam contrair o COVID-19 por meio dos objetos contaminados. Ressalta-se que a coleta seletiva representa 18% das 2.800 toneladas de lixo descartado por dia na capital mineira. Isto significa que 504 mil quilos de lixo reciclável eram recolhidos diariamente; que no período compreendido entre a data de suspensão da coleta seletiva até o momento de construção deste trabalho (23/03/2020 a 21/07/2020), chegar-se-ia ao número gigantesco de 60.480.000 (sessenta milhões quatrocentos e oitenta mil quilos) de lixo reciclável.
Evidentemente não se questiona as medidas de segurança adotadas pela prefeitura para salvaguardar a vida. Ao contrário de qualquer crítica à decisão tomada pela prefeitura, é imprescindível apoiar todo tipo de postura adotada para prevenir e combater esta pandemia viral que atingiu o planeta. Na época, estarrecidos pela propagação e fatalidade do vírus, ações como estas de suspensão da coleta seletiva, o isolamento social, o uso de máscaras e etc. foram, e são, as melhores medidas que podiam ser tomadas até que o vírus fosse melhor compreendido e com isto desenvolver medidas de controle ou a chegada da vacina.
Mas já se passaram quatro meses e durante este período vários especialistas defendem a teoria que haverá um novo normal, no qual a vida como a conhecíamos não será igual ao período antes do COVID19. Sobre este tema, o ‘novo normal’, o professor adjunto do departamento de psicologia clínica da Universidade de Brasília Instituto de Psicologia, Pedro Henrique Antunes da Costa, e a psicóloga Kíssila Mendes, no artigo Pandemia, questão social e as implicações à psicologia brasileira, consideram:
“À psicologia cabe a análise crítica e o combate deste normal como construção histórica de ainda mais sofrimento, precariedade, essa anormalidade normalizada – e normatizada – que encarna nos corpos e mentes. Para isso, essa deve, inclusive, se colocar em xeque, questionando a si mesma acerca do papel que cumpriu e cumpre na manutenção da ordem, por meio de processos de ajustamento, coerção, adaptação e segregação. E tal movimento será tão mais robusto quanto mais crítico for das bases da própria psicologia, ontológicas e epistemológicas, e seu projeto ético-político coadunantes aos da ordem social. Além disso, resta à psicologia a contribuição, mesmo que pequena, para a construção de um novo normal, que signifique uma nova sociedade e um novo ser; um novo normal que é produto das mãos, pés, corpos e mentes dos indivíduos que dele necessitam, e com os quais a psicologia se faz; que não seja um novo-velho, que englobe as infinitas possibilidades de ser e existir, e que extraia do passado os aprendizados necessários para a edificação de uma dinâmica de vida livre de qualquer exploração e opressão.
Neste artigo supra citado, existe uma série de considerações de extrema relevância a vida social ao abordar o sentido do “novo normal”. De posse deste novo conceito de que as pessoas irão mudar sua forma de se corresponder umas com os outras, analogamente haverá mudança estrutural de como o indivíduo se relaciona com o meio ambiente qual vive. Com isto chegamos ao nosso problema: Poderia este momento de isolamento social ser um momento de ação pública de conscientização e ampliação para a coleta seletiva em Belo Horizonte, tendo em vistas que as pessoas estão dentro de suas casas e buscam o que fazer para além do home office?
Em 16 de julho a prefeitura de Belo Horizonte publicou em seu site oficial que:
“Para tornar a coleta seletiva em Belo Horizonte mais rápida e eficiente, estão sendo implantados na cidade, desde outubro de 2019, os Pontos Verdes, em substituição aos antigos Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis (LEVs).
Com a mudança, ficou mais fácil acondicionar os recicláveis nos coletores. São disponibilizados apenas dois compartimentos, sendo um destinado à coleta de papel, metal e plástico, e um outro reservado para acondicionar somente o vidro. Os materiais devem estar limpos e secos, para não provocar mau cheiro e atrair animais que possam causar doenças. O novo sistema permite que caminhões apropriados façam a coleta.”
(https://prefeitura.pbh.gov.br/slu/informacoes/coleta-seletiva/ponto-a-ponto)
Com estas abordagens iniciais em que existe alta produção de lixo reciclável na cidade, que as medidas de suspensão do recolhimento para proteção das pessoas foi necessária e acertada, que existirá um novo normal e ainda que a cidade se prepara para a retomada do crescimento econômico, urge, que o governo municipal volte com a coleta seletiva de maneira mais intensificada e não o que passa a praticar a partir de agora.
Fica evidente que a decisão de coletar somente nos “Pontos Verdes” distribuídos por regional, cancelando a coleta de porta em porta, torna uma medida muito pouco eficiente por diminuir a intensidade no sistema de coleta seletiva, que antes, além do de porta em porta haviam as Lev’s substituídas pelos pontos verdes. Na contramão de da decisão tomada, o governo municipal deveria aproveitar o momento de isolamento para ampliar a conscientização ambiental dos munícipes que, com mais tempo disponível em seus lares, podem aderir e aumentar o percentual de 18% do lixo reciclável por meio de campanha educacional que terá mais aderência se feita agora. Mas não é simplesmente voltar com o sistema antigo de recolhimento, há necessidade dos devidos cuidados para as pessoas que estão no processo.
Debates a respeito do caos econômico da pós pandemia e da retomada do crescimento para geração de emprego e renda é o assunto mais importante, depois das medidas de ação de combate ao COVID19. E visando a retomada da economia, o Desenvolvimento Sustentável deve ser a base para qualquer crescimento, quer econômico, quer social, quer cultural, quer ambiental. Não se pode esquecer o meio ambiente neste processo de retomada de crescimento. E o estímulo a coleta seletiva na capital, pode e deve fazer parte deste novo normal que buscará, a partir de já e nos próximos meses, a retomada do crescimento econômico. Não se pode mais esquecer o meio ambiente e os impactos gerados pelo consumo, resultado, da economia de mercado.
Quanto às pessoas que pertencem ao processo de coleta seletiva, deverão estar cuidadas e devidamente protegidas. Existe normas específicas para riscos biológicos, NR-32 (https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf), qual trata desta exposição, mas para os trabalhadores do serviço de saúde. O que se defende neste trabalho é o retorno da coleta seletiva, estendendo as ações da respectiva NR-32 para aqueles que estão diretamente envolvidos no processo. O Ministério da Saúde disponibiliza o manual de classificação de risco biológico (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.pdf) em apoio a NR-32. Não é objeto deste trabalho substituir o eficiente desempenho dos Engenheiros de Trabalho e Técnicos de Segurança do Trabalho. Ao contrário, ressaltar que existem condições seguras para o desenvolvimento e ampliação da atividade elaboradas por estes profissionais, que garantirão o retorno do processo de coleta seletiva visando a saúde e segurança do trabalhador e a sustentabilidade. Os governos de todo o planeta e, Belo Horizonte em especial, precisa estar comprometida com a adoção e ampliação sustentável, haja vistas ter sido conhecida em tempos anteriores como “Cidade Jardim”.
BIBLIOGRAFIA
PANDEMIA, QUESTÃO SOCIAL E AS IMPLICAÇÕES À PSICOLOGIA BRASILEIRA, Antunes da Costa, Pedro Henrique e Teixeira Mendes, Kíssila. 2020. academia.edu
Decisão está relacionada às ações de combate ao Covid-19. Coleta domiciliar continua. Por Magno Dantas, TV Globo, Belo Horizonte, 22/03/2020
Coleta Seletiva Ponto a ponto. Site PBH, Consulta em 27/07/2020, às 13:12.
https://prefeitura.pbh.gov.br/slu/informacoes/coleta-seletiva/ponto-a-ponto
Por Maria Lina
Especialista em Gestão Pública e Desenvolvimento Regional
Políticas de Saneamento
Saneamento se refere a dois vetores sociais, para a saúde pública, muito importantes: água potável e esgoto. Assim, quanto maior o número de moradias atendidas com água tratada e potável e menor o número de moradias sem a coleta de esgoto, teremos uma sociedade mais cuidada, com custo social mais baixo para os tratamentos com a saúde popular.
Desde 05 de janeiro de 2007 temos a Lei 11.445, que trata do que se denominou de ‘Saneamento Básico’, como um conjunto de serviços, infraestrutura e instalações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas. Porém, no que se refere à efetividade da Lei, assistimos a um descompasso de tempo e de interesses que subtraem da sociedade um bem que deveria ser prioridade, também básica.
Por isso, quando falamos que o Congresso Nacional “aprovou” o Marco Legal do Saneamento Básico, em verdade, deveríamos entender (muito além dos interesses dos vetos presidencial), que a caduquice da MP 868/2018, em fins de 2019, nos mostra muito mais nosso atraso em termos do bem estar social brasileiro.
Ao invés de qualquer norma com força de lei ou da própria lei, nossos gestores públicos, em qualquer esfera de decisão, deveriam se interessar mais pela prevenção da saúde pública do que dessa iniciativa tacanha, para não dizer vergonhosa, de ovacionar a aprovação desse marco regulatório. Sabedores que são, ou os seus assessores sabem, que todo dinheiro gasto em saneamento será economizado, no mínimo, em dobro, com o cuidado da saúde popular.
Assim sendo, pensar na existência de lixões, se a gestão é pública ou privada, se a infraestrutura de coleta e de tratamento dos resíduos tem que ser assim ou assado, melhor um posicionamento, mesmo que municipal, pró ativo na execução destas necessidades, pois teríamos menos de preocuparmos com leis e marcos regulatórios.
O fato está na indigna condição dos Cidadãos brasileiros em viver e conviver com um quadro repleto de vetores de doenças e descalabros da higiene, uma das necessidades humanas, para qualidade de vida. O papel, ou no papel, tudo se faz e se resolve. Porém, esquece-se que o papel também pode ser embalagem para se guardar, presentear, ou proteger algo. Este é o problema, nos perdemos em debates e discussões e esquecemos de atender ao povo.
O conhecimento técnico ou prático, do ‘objeto’ desse ‘Marco Regulatório’ há muito é ensinado nas faculdades do mundo, para não dizer da matéria de ciências no ensino fundamental brasileiro.
Não há tempo mais para lixões! Não há tempo mais para a omissão!
Não há como querer esconder verdade maior do Cidadão!
Por Eduardo Tavares
O que é pegada ecológica?
Você já andou na areia e olhou para trás para ver as marcas que você deixou pelo caminho? Agora, imagine que inúmeras de suas ações de todos os dias sejam capazes de deixar marcas que simbolizem o seu impacto no dia a dia do planeta. É mais ou menos isso que representa a pegada ecológica.
O termo nos ajuda a refletir sobre nosso modo de vida e a importância de pensar na ação de cada um para preservar o planeta.
Qual é o tamanho da sua pegada ecológica?
Pegada ecológica simbolicamente é a quantidade de terra e água necessárias para sustentar cada um de nós ou ainda, na prática é toda a produção de tudo aquilo o que consumimos, sejam alimentos, eletrônicos, roupas, energia, uso do monóxido do carbono no transporte, embalagens que descartamos, lixo que produzimos, enfim cada ação nossa por mais simples que possa ser interfere no ecossistema.
Certamente apegada ecológica, trata-se de uma estimativa que considera diversos fatores do nosso modo de vida, da realidade de nosso dia a dia, que não tem uma estimativa correta porem serve como um indicador de sustentabilidade com relação aos nosso hábitos, então, a pegada ecológica é uma forma de mensurar como um indivíduo ou população consome os recursos naturais do planeta Terra.
A pegada ecológica de cada um
A pegada ecológica tem muito a ver com o modo de vida que uma sociedade segue. Considerando isso, é possível pensar que cada um de nós cresce condicionado a manter um estilo de vida e deixar marcas similares a que todos aqueles que conhecemos deixam.
Entender a importância de tentar mudar as coisas e reduzir a pegada ecológica, ou seja, levar uma vida mais sustentável, pode ser entendida mais facilmente ao descobrir a dimensão do nosso impacto, enquanto indivíduos. Uma vez que você compreender melhor a sua própria pegada, conseguirá ter mais clareza sobre porque mudar hábitos e incentivar aqueles a seu redor a fazer o mesmo.
Seu estilo de vida diz tudo
Água
Todos os dias você escova os dentes, toma banho, lava as mãos, faz comida, lava a louça e a roupa, utiliza a descarga. Você já pensou o quanto tudo isso consome de água por dia?
Somos hoje 7 bilhões de habitantes no planeta, teoricamente com um consumo médio diário de 40 litros de água por pessoa, sendo que um europeu gasta de 140 a 200 litros por dia, um norte-americano, de 200 a 250 litros, enquanto em metade do continente africano há em média 25 litros de água, e em algumas menos de 1 litro disponível por dia. No Brasil essa margem fica em torno de 200 litros de água, o que é considerado altíssimo. Nas regiões secas do agreste do Brasil a média é em torno de 15 litros por pessoa.
Para passar das conjecturas aos dados, verifique em sua conta o total de metros cúbicos mensais e faça a divisão desse total por 30 dias e pelo número de pessoas que moram na sua casa. Assim, você terá a sua média individual diária calculada.
Energia elétrica
Diariamente, você faz funcionar luzes e eletrodomésticos como chuveiros, computadores, liquidificadores etc. Também ouve música ou notícias no rádio, assiste a programas de TV, lava e seca roupas em máquinas, usa elevadores, celulares, escadas rolantes, climatização de ambientes (ar condicionado ou aquecedores). Você já pensou em quanta Natureza é preciso “empregar” para fazer tudo isso funcionar?
No Brasil a maior parte da energia elétrica consumida é produzida por hidroelétricas, que exigem, para seu funcionamento, a construção de grandes barragens e coloca a população a mercê das condições climáticas.
Assim, com o aumento de consumo e a decorrente necessidade de produzir cada vez mais energia elétrica, torna-se necessário represar mais rios e inundar mais áreas, reduzindo as florestas, impactando a vida de milhares de outros seres vivos, retirando comunidades de suas terras e alterando os climas locais e regionais como aumento das superfícies de evaporação.
Alimentação
Atualmente, muitas pessoas comem mais do que o necessário. É o que mostram os altos índices de obesidade no mundo, principalmente nas nações mais desenvolvidas. Mas comer em grande quantidade não garante uma boa saúde, pelo contrário.
A alimentação é um item muito importante da nossa qualidade de vida, mas, além disso, uma dieta natural e equilibrada é bastante favorável à preservação dos ambientes.
O consumo de alimentos orgânicos ou naturais ajuda a diminuir o uso de agrotóxicos e o equilíbrio alimentar leva a uma exploração menos irracional dos recursos do planeta, reduzindo, em muitos aspectos, nossas pegadas. Lembre-se de que não faltam alimentos no mundo e sim uma distribuição mais justa.
Consumo e descarte
Quanto mais consumimos, mais lixo produzimos. Os resíduos naturais, ou matéria orgânica, podem ser inteiramente absorvidos e reutilizados pela Natureza, mas o tipo de resíduos que nossa civilização produz nos dias de hoje, especialmente os plásticos, não podem ser eliminados da mesma forma.
Eles levam milhares de anos para se desfazer no ambiente. Você já mediu quanto você, sua família ou seu grupo de trabalho produzem de lixo por dia? A média nos grandes centros urbanos é de 1kg por pessoa. É muito lixo!
Mas você pode contribuir bastante se separar os materiais descartados. Comece separando o lixo entre seco (reciclável) e o úmido (orgânico). Você irá observar que o peso do seco é pequeno, porém seu volume é enorme.
Já o lixo úmido, ocupa menos espaço, porém é bastante pesado. Parte do lixo seco pode ser encaminhado para a reciclagem e o lixo orgânico, por sua vez, pode ser destinado à compostagem.
Esta atitude pode ser difícil no início, pois é necessário envolver todos que estão à sua volta, mas se você tem vontade de fazer algo que realmente contribua com a preservação do nosso planeta, continue tentando e implante a coleta seletiva.
Transporte
Quanto você se desloca por dia? De que forma: carro, ônibus, trem, metrô, a pé ou de bicicleta? A maioria dos meios de transporte que utilizamos em nosso cotidiano utilizam combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis.
Esta fonte energética que vem do petróleo, do carvão e do gás natural polui o ar, principalmente nos grandes centros urbanos, devido à enorme quantidade de automóveis.
Hoje em dia, a ciência e a sociedade civil têm pressionado o poder público e a iniciativa privada na busca de soluções para a poluição. Este enorme problema agrava o aquecimento global e ocasiona o aumento de doenças respiratórias.
Por isso, um transporte sustentável tem de utilizar eficazmente a energia, ou seja, transportar o máximo de carga possível gastando o mínimo de combustível.
Daí a importância de se utilizar o transporte coletivo e de se oferecer carona sempre que possível. Andar de bicicleta e fazer pequenos trechos a pé, também ajuda a reduzir sua pegada.
Diminua sua pegada ecológica
- Aposte no consumo consciente porque tudo aquilo o que é produzido para sustentar nosso estilo de vida demanda a retirada de matéria-prima da natureza e são bens finitos;
- Informe-se sobre a obsolescência programada evitando descartáveis e dê preferência a produtos planejados para ter maior durabilidade;
- Escolha marcas amigas do meio ambiente já que, uma vez que não podemos simplesmente parar de consumir, é melhor que compremos de empresas que se preocupam em diminuir a própria pegada ecológica;
- Diminua sua geração de lixo porque tudo o que é descartado permanece no planeta e o impacta! Para tanto, aposte na reutilização, na reciclagem e no reuso da água da chuva;
- Evite desperdícios de tudo o que você puder, principalmente os alimentos. Esse tipo de medidas, além de ajudar você a diminuir sua pegada ecológica, também se traduz em economia que se você sente no bolso.
Certamente, há muito mais a ser feito para diminuir sua pegada ecológica. É sempre importante ter clareza de que, apesar de termos um impacto relativamente pequeno individualmente, em conjunto podemos fazer um grande estrago ao meio ambiente, e por esse motivo o esforço de cada um de nós é fundamental para preservarmos o planeta!
IPTU Verde no Horizonte
Não, não é um novo imposto, O IPTU Verde propõe redução a do IPTU, caso os contribuintes de BH e construtoras adotem medidas para reduzir o impacto ambiental e aumentar a eficiência energética em seus imóveis.
O reconhecimento do meio ambiente como um dos pilares do desenvolvimento sustentável é uma realidade já difundida internacionalmente e vem sendo continuamente incorporada pela população, pela estratégia de negócios das mais variadas empresas no setor empresarial e pelo planejamento e atuação de ações dos poderes públicos, que buscam minimizar e solucionar os efeitos negativos do crescimento desorganizado que já causou danos irreparáveis ao nosso planeta. Dentre os incentivos a sustentabilidade, diversas cidades brasileiras tem adotados medidas compensatória que incentivam práticas sustentáveis, a partir do cumprimento de determinados requisitos através do desconto no pagamento do IPTU.
De autoria do vereador Gabriel Azevedo , o PL 179/17 propõe a instituição do Programa de Incentivo à Sustentabilidade Urbana em BH , denominando “IPTU Verde”, que estabelece o desconto progressivo no Imposto Predial e Territorial Urbano aos proprietários de imóveis que adotarem medidas de redução de impacto ambiental e eficiência energética. O projeto já foi aprovado em primeiro turno e, recebeu emenda do próprio autor para adequar a iniciativa ao novo plano diretor aprovado em Belo Horizonte e praticamente deve ser votado o mais breve possível já que desde o início da tramitação tem recebido o poio da maioria dos vereadores e, inclusive já conta com o aval da prefeitura para sua sanção. “Quando o projeto foi apresentado, o Plano Diretor ainda não vigorava, agora vigora, e há a outorga, que é algo que se paga para construir. Portanto, nós teremos agora um projeto de lei de IPTU e outorga verde. As novas construções que pagariam o valor total de outorga deixarão de pagar parte desse valor se construírem essa edificação com painéis fotovoltaicos, reutilização de água e outras medidas sustentaveis”, explicou o vereador.
O IPTU Verde oferece descontos variados pelos municípios para construções sustentáveis. Em São Paulo, o desconto pode variar entre 4% a 12%. Quem construiu ou reformou empreendimentos residenciais, empresariais ou mistos, seja casa ou prédio, implementando algum sistema ecoeficiente em sua obra.
Alguns desses sistemas são a captação e reuso da água, geração de energia solar , tratamento de resíduos, aproveitamento bioclimático e uso de materiais provenientes de fontes naturais renováveis ou recicladas, tratamento adequado de dejetos e resíduos, utilização de matéria-prima renovável, reciclável biodegradável e atóxica; utilização de tecnologia e material que reduzam o impacto ambiental e separação do lixo.
A prática do IPTU Verde já é comum em países Europeus e cidades americanas, e vem ganhando cada vez mais o território nacional, com descontos que podem chegar a 100% em alguns municípios. No senado federal inclusive existe uma PEC em tramitação que determina a obrigatoriedade da implantação do IPTU verde nos municípios brasileiros.
Hoje, muitas pessoas buscam ações sustentáveis por consciência. Se os executivos dos governos municipais, estaduais e federal estimularem essa iniciativa, a tendência é que cada vez mais os cidadãos sejam contagiados a adotar tais medidas. Práticas de sustentabilidade é fundamental para todos e, para as cidades que habitamos.
Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente
Poucas pessoas sabem, fato é que Belo Horizonte foi a primeira cidade do Brasil a ter um Conselho Municipal do Meio Ambiente com caráter deliberativo, a lei foi aprovada na Câmara Municipal de Belo Horizonte três anos antes que a constituição federal de 1988 no seu artigo 225, estabelecesse o meio ambiente como direito e o usufruto comum a todos, essencial a uma plena qualidade de vida. E determinou aos poderes públicos e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as gerações atuais e futuras.
O pioneirismo de BH também se deu na criação do fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente através do Decreto lei nº 5.893 de 16 de Março de 1988, que em regulamentação ao artigo 17 da Lei Municipal nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985, criou um fundo com o objetivo de custear projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente na capital. Passados 22 anos, até os dias de hoje, podemos constatar com base na pesquisa de Informações básicas municipais (MUNIC) realizada pelo IBGE, que somente 53% das cidades brasileiras dispõem de fundos específicos para projetos de iniciativas da coletividade em defesa do meio ambiente.

O que é o Conselho Municipal de Meio Ambiente.
Grande parte dos problemas que afetam o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas estão a cargo do município resolve-los. E a partir dele que podem ser empreendidas ações capazes de preveni-los e solucioná-los. Mais do que isso, o município é o local onde se podem buscar caminhos para um desenvolvimento que harmonize o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente e o bem-estar da população.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente é um órgão de gestão do meio ambiente criado para esse fim. Esse espaço destina-se a colocar em torno da mesma mesa os órgãos públicos, os setores empresariais e políticos e as organizações da sociedade civil no debate e na busca de soluções para o uso dos recursos naturais e para prevenir ou recuperação os danos ambientais. Trata-se de um instrumento de: exercício da democracia, educação para a cidadania e convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes. É também um fórum para se tomar decisões, tendo caráter deliberativo, consultivo e normativo.
A nomeação de conselheiros e conselheiras cabe ao Poder Executivo municipal bem como dar posse aos integrantes do Conselho e a seus respectivos suplentes e a estrutura para seu devido funcionamento. Para que o Conselho Municipal de Meio Ambiente cumpra com suas atribuições de maneira satisfatória, precisa de que ele seja representativo. Portanto, que tenha uma composição paritária, ou seja, que considere, em igualdade numérica, representantes do poder público e da sociedade civil organizada. Os conselheiros municipais de meio ambiente são pessoas que agem de forma voluntária em benefício da melhoria da qualidade de vida e, portanto, não recebem pagamento pelos serviços prestados
Para melhor entender:
O Conselho não tem a função de criar leis. Isso compete ao legislativo municipal, ou seja, à Câmara de Vereadores. O conselho pode sugerir a criação de leis, bem como a adequação e regulamentação das já existentes, por meio de resoluções, quando isso signifique estabelecer limites mais justos para a qualidade ambiental ou facilitar a ação dos órgãos executivos.

O que é o Fundo de Defesa do Meio Ambiente?
É um fundo tem a finalidade de captar, gerenciar recursos próprios do executivo e aplicar esses recursos na proteção, conservação e promoção da qualidade ambiental do município.
Os recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente podem ser utilizados por:
- Órgãos da administração direta ou indireta do próprio município;
- Organizações não governamentais;
- Pessoas físicas, organizações de base civil, associações, entidades educacionais, associações de produtores, associações de reposição florestal, entre outros (sem fins lucrativos);
- Organizações da sociedade civil de interesse público.
- As empresas privadas participam na execução de obras de meio ambiente relacionadas aos projetos aprovados.
Como participar
Anualmente a prefeitura faz um chamamento público para que os interessados apresentem os projetos e propostas voltadas à melhoria do meio ambiente na cidade.
Este ano a prefeitura destinou 700 mil para o fundo, é um dos projetos aprovados foi a instalação da energia fotovoltaica no edifício sede da PBH no valor de 180 mil reais, o que vai gerar uma economia superior a 10 milhões de reais nos próximos em 10 anos.
Exemplos da destinação do dinheiro do fundo
Revitalização de áreas degradas, estudos ambientais, concursos para intervenção urbana, Seminários, eventos, congressos, oficinas ecológicos, publicações, projetos de desenvolvimento sustentável, manutenção ou criação de espaços verdes de praças ou parques, educação ambiental, projetos de reciclagem, coleta seletiva, Instalação de energia fotovoltaica, entre outros.
Parque das Mangabeiras é escolhido o melhor parque de lazer em BH
Enquete realizada pela Tripadvisor elegeu o Parque das Mangabeiras o lugar verde mais top para passear com a garotada, pesquisa foi feita nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, com frequentadores não residentes da cidade e, em parceria com as agências de viagens locais, onde cerca de 4 mil pessoas participaram, divulgada no mês de março, apontou os parques ou áreas de lazer mais procurados pelos turistas na cidade. Além das qualidades, melhorias foram sugeridas. A pesquisa passou despercebida devido a pandemia do Covid e a suspenção do uso destes equipamentos públicos, para se evitar o contágio do coronavírus . Um outro dado que chamou a atenção é que as pessoas afirmaram que antes ou depois do passeio ao parque das Mangabeiras, elas param na praça do Papa ou vão até o mirante do bairro para curtirem o visual de BH.

Veja a lista dos outros locais top 10 de BH.
2º – Lagoa da Pampulha
3º – Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Centro
4º – Parque Ecológico da Pampulha
5º – Fundação Zoo-Botânica – Jardim Zoológico
6º – Parque Fazenda Lagoa do Nado
7º – Parque Ecológico Burle Marx
8º – Parque Ecológico do bairro Caiçara
9º – Parque Municipal Amílcar Vianna Martins
10º – Parque Rosinha Cadar
11º – Parque Municipal Julien Rien

Confira alguns depoimentos
O local é agradável com vistas lindas, apenas faltou sinalização e encontramos o mirante da mata por acaso. É uma subida intensa porém rápida. Tem banheiro e bebedouro no meio do caminho, o que foi ótimo para nos recuperarmos e chegarmos até o final da trilha. Vi muitas borboletas no local, é lindo. Recomendo reservar uma manhã ou tarde inteira. Use protetor solar e repelente. Foi necessário apresentar documento e carteirinha com a vacina da febre amarela.
Priscila Gonçalves SP
Ótimo lugar pra levar a criançada pra fazer aquele passeio diferente. O parque disponibiliza de ótimos espaços com brinquedos pra atividades das crianças. Sem contar que é um lugar ótimo pra fazer fotos.
Gabi Monteiro – Vespasiano
O parque é lindo! Minhas filhas amaram. Lembrem de levar cartão de vacina com o registro da vacina contra febre amarela. Eles solicitam na entrada.
Daniele Gomes – Brasília
O parque é lindo. Natureza maravilhosa. Quadras. Caminhadas. Mirantes. Riachinhos. Bichinhos silvestres,um lugar encantado para as crianças. Precisa de um novo restaurante para os visitantes.
Kele – Belo Horizonte

BH implanta Cadastro e Gestão do Inventário das Árvores
Projeto de uma década.
O primeiro passo para a realização do “Inventário das Árvores de BH” foi um convênio assinado no início de 2011, entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Lavras, através do seu departamento de Ciências Florestais. A iniciativa contou com o apoio da Cemig e suporte de TI da Prodabel. Na ocasião seriam diagnosticadas cerca de 250 mil árvores estimadas em logradouros públicos, todas as árvores analisadas foram cadastradas e incluídas no Sistema de Informações do Inventário de Árvores de Belo Horizonte (SIIA-BH) instalado no DataCenter da Prodabel.
A Secretaria Municipal de Meio na época listou 57 itens a serem verificados. Entre os itens, destacam-se aqueles relacionados à saúde da árvore e, caso fosse verificado algum risco, a população quanto a árvore.
Na época, a previsão era de que o levantamento fosse finalizado em um ou dois anos. Diversas justificativas foram apresentadas para explicar os atrasos: falta de experiência dos técnicos, chuvas, questões burocráticas e até mesmo a falta de segurança, já que os trabalhadores fazem a coleta com tablets – para isso, a gestão municipal determinou que guardas municipais acompanhassem os técnicos.
Retomado como prioridade na atual gestão devido o aumento de quedas de arvores, decorrentes excesso do volume de chuva e dos fortes ventos na capital, frutos das mudanças climáticas. Em 2018, após 2 mandatos diferentes, a PBH conseguiu totalizar o mapeamento de 300 mil árvores. Ainda falta realizar o trabalho em parte da regional Pampulha e nas regionais Norte, Nordeste, Venda Nova e Barreiro.
O levantamento tem dado à Prefeitura dados importantes em diversas questões relacionadas às árvore, gerando uma lista com o endereço/localização de todas as árvores,o estado fitossanitário (saúde da árvore), a realização de uma análise preventiva, bem como a identificação da espécies.
Além de entender a cobertura por árvores do município, projeto busca estabelecer mecanismos de monitoramento e controle da arborização viária
Antes haviam estimativas que fossem cadastradas cerca de 250 mil unidades, porém houve necessidade em ampliar o projeto que será finalizado com o cadastramento de aproximadamente 500 mil árvores.
Responsável pela gestão do inventário das árvores do município, a Secretaria municipal de Meio Ambiente, tem atualizado esse inventário. As equipes da secretaria, por meio de um sistema de informação fornecido pela empresa GT4W, utilizam um banco de dados único e múltiplas informações, que são acessíveis, consultadas e editadas, permitindo ao município manter atualizada a base de árvores, bem como prover estudos, análise e gerações de indicadores pertinentes a gestão do município. Outro objetivo é antecipar possíveis quedas de árvores, associando diversas informações e projeções, para sustentar a tomada as medidas preventivas em cada caso, uma vez que estas quedas podem causar perdas materiais e humanas. Até o momento o Inventário identificou a existência 566 espécies de árvores floríferas na cidade. Das 300 mil espécimes já recenseadas, 308 são de gêneros com floração expressiva, além de 141 que produzem frutos consumidos pela fauna urbana e até pela população. Região Oeste concentra maior quantidade de árvores floríferas da cidade. A PBH sabe que ao menos 1,4 mil unidades estão infestadas por um inseto – Euchroma gigantea, conhecido como “besouro metálico” – que pode comprometer os sistemas estruturais da árvore. Outras 700 já foram suprimidas justamente por esse problema. E a estimativa de que 10% das árvores na capital estão condenadas ou em situadas inadequadas.
A sibipiruna é, no momento, a árvore florífera mais comum na cidade, com 18.946 unidades catalogadas. A Região Oeste é a que concentra maior quantidade de árvores floríferas de BH. As espécies que são mais conhecidas da população como os ipês e as quaresmeiras, também fazem parte do gênero das floríferas mais comuns da capital. A murta é a segunda espécie de árvore florífera mais encontrada na cidade, são 18.585 unidades catalogadas.

Sabia quais são as 10 espécies mais plantadas na cidade:
- Sibipiruna – 18.946
- Murta – 18.585
- Quaresmeira – 10.502
- Ipê rosa – 9.665
- Resedá – 6.321
- Pata de vaca – 6.263
- Ipê tabaco – 6.034
- Magnólia – 5.599
- Escumilha africana – 5.388
- Ipê amarelo – 2.807
Reservas Particulares Ecológicas em BH
Uma das formas de garantir e promover a qualidade do ambiente urbano é preservar e manter as áreas verdes existentes, por meio da criação de parques e pela proteção aos cursos d’água naturais, proporcionando a coletividade espaços de lazer, o convívio social e garantindo a preservação do meio ambiente e a fauna. Além das áreas verdes já consolidadas e institucionalizadas pelo município, como os parques e demais áreas já protegidas, bem como, os espaços situados em universidades, hortos, zoológicos e jardins botânicos a cidade de BH dispõe de Reservas Particulares Ecológicas.

Entre as áreas verdes localizadas em propriedade particulares, destacam-se os vinte hectares de vegetação contidas na Reserva Florestal da Empresa Siderúrgica Vallourec do Brasil, localizada no Barreiro, e treze hectares da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Minas Tênis Clube localizado à extremo leste do município, na Regional Leste. Os fragmentos menores são constituídos por Reservas Particulares Ecológicas (RPEs) que, somados, totalizam 11 áreas protegidas e possuem aproximadamente 30 hectares, com um total de 290.263,20 metros quadrados.
O que é a Reserva Particular Ecológica
As RPEs foram criadas e são institucionalizadas pelo município de Belo Horizonte através da Lei Municipal nº 6.314/93 que define em seu artigo 1º “Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá requerer ao executivo que institua em imóvel de sua propriedade, Reserva Particular Ecológica, por reconhecê-la como de valor ecológico, total ou parcialmente”. Com o objetivo de estimular a preservação de áreas de propriedade particular de grande relevância sob o ponto de vista ambiental.
As Reservas Particulares Ecológicas são instituídas por iniciativas dos próprios proprietários dos imóveis, que podem requisitar ao executivo a transformação do terreno nesse tipo de reserva pelo período mínimo de 20 anos, da totalidade ou de apenas parte de suas propriedades, com isenção proporcional de IPTU, dando assim incentivos aos proprietários de áreas urbanas que as mantêm preservadas e transformadas em áreas de proteção ambiental.
Esses dados evidenciam que o número atual de reservas não faz jus ao tamanho da capital. Na tentativa de mudar o cenário, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) iniciou um amplo projeto de divulgação. Foi feito um mapeamento em fotos aéreas de Belo Horizonte dos pontos onde há resquícios de vegetação. Mais de 20 áreas, em diversas regiões da cidade, têm potencial para se tornar RPEs.
Importância
As RPEs apresentam atributos bióticos – fauna e flora – importantes para o contexto da região em que se insere, formando com outras áreas verdes da região um mosaico de ilhas verde que permitem a sustentação das espécies silvestres de caráter antropizado – aquelas que toleram ou convivem bem com os ambientes urbanizados.
Essas reservas apresentam massa de vegetação arbórea preservada expressiva, dentro de um perímetro de grande urbanização do Município, o que contribui para o microclima da região, a retenção de partículas sólidas em suspensão e a redução da poluição do ar na região.
Também constituem área permeável expressiva, o que contribui positivamente para a integridade das áreas vizinhas, estas com área permeável ausente ou inexpressiva, uma vez que permite o direcionamento e a infiltração das águas pluviais, evitando, com isso, um maior volume de água nessas áreas, diminuindo a probabilidade de enchentes e sedimentos em forma de enxurrada.
Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá requerer ao Executivo que institua em imóvel de sua propriedade uma Reserva Particular Ecológica, por reconhecê-la como de valor ecológico, total ou parcialmente, devendo encaminhar ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA/PBH, via BH Resolve que realizará um estudo para verificar se o imóvel se enquadra dentro das finalidades de proteção ambiental.