O que é pegada ecológica?

Você já andou na areia e olhou para trás para ver as marcas que você deixou pelo caminho? Agora, imagine que inúmeras de suas ações de todos os dias sejam capazes de deixar marcas que simbolizem o seu impacto no dia a dia do planeta. É mais ou menos isso que representa a pegada ecológica.

O termo nos ajuda a refletir sobre nosso modo de vida e a importância de pensar na ação de cada um para preservar o planeta.

Qual é o tamanho da sua pegada ecológica?

Pegada ecológica simbolicamente é a quantidade de terra e água necessárias para sustentar cada um de nós ou ainda, na prática é toda a produção de tudo aquilo o que consumimos, sejam alimentos, eletrônicos, roupas, energia, uso do monóxido do carbono no transporte, embalagens que descartamos, lixo que produzimos, enfim cada ação nossa por mais simples que possa ser interfere no ecossistema.

Certamente apegada ecológica, trata-se de uma estimativa que considera diversos fatores do nosso modo de vida, da realidade de nosso dia a dia, que não tem uma estimativa correta porem serve como um indicador de sustentabilidade com relação aos nosso hábitos, então, a pegada ecológica é uma forma de mensurar como um indivíduo ou população consome os recursos naturais do planeta Terra.

A pegada ecológica de cada um

A pegada ecológica tem muito a ver com o modo de vida que uma sociedade segue. Considerando isso, é possível pensar que cada um de nós cresce condicionado a manter um estilo de vida e deixar marcas similares a que todos aqueles que conhecemos deixam.

Entender a importância de tentar mudar as coisas e reduzir a pegada ecológica, ou seja, levar uma vida mais sustentável, pode ser entendida mais facilmente ao descobrir a dimensão do nosso impacto, enquanto indivíduos. Uma vez que você compreender melhor a sua própria pegada, conseguirá ter mais clareza sobre porque mudar hábitos e incentivar aqueles a seu redor a fazer o mesmo.

Seu estilo de vida diz tudo

Água

Todos os dias você escova os dentes, toma banho, lava as mãos, faz comida, lava a louça e a roupa, utiliza a descarga. Você já pensou o quanto tudo isso consome de água por dia?

Somos hoje 7 bilhões de habitantes no planeta, teoricamente com um consumo médio diário de 40 litros de água por pessoa, sendo que um europeu gasta de 140 a 200 litros por dia, um norte-americano, de 200 a 250 litros, enquanto em metade do continente africano há em média 25 litros de água, e em algumas menos de 1 litro disponível por dia. No Brasil essa margem fica em torno de 200 litros de água, o que é considerado altíssimo. Nas regiões secas do agreste do Brasil a média é em torno de 15 litros por pessoa.

Para passar das conjecturas aos dados, verifique em sua conta o total de metros cúbicos mensais e faça a divisão desse total por 30 dias e pelo número de pessoas que moram na sua casa. Assim, você terá a sua média individual diária calculada.

Energia elétrica

Diariamente, você faz funcionar luzes e eletrodomésticos como chuveiros, computadores, liquidificadores etc. Também ouve música ou notícias no rádio, assiste a programas de TV, lava e seca roupas em máquinas, usa elevadores, celulares, escadas rolantes, climatização de ambientes (ar condicionado ou aquecedores). Você já pensou em quanta Natureza é preciso “empregar” para fazer tudo isso funcionar?

No Brasil a maior parte da energia elétrica consumida é produzida por hidroelétricas, que exigem, para seu funcionamento, a construção de grandes barragens e coloca a população a mercê das condições climáticas.

Assim, com o aumento de consumo e a decorrente necessidade de produzir cada vez mais energia elétrica, torna-se necessário represar mais rios e inundar mais áreas, reduzindo as florestas, impactando a vida de milhares de outros seres vivos, retirando comunidades de suas terras e alterando os climas locais e regionais como aumento das superfícies de evaporação.

Alimentação

Atualmente, muitas pessoas comem mais do que o necessário. É o que mostram os altos índices de obesidade no mundo, principalmente nas nações mais desenvolvidas. Mas comer em grande quantidade não garante uma boa saúde, pelo contrário.

A alimentação é um item muito importante da nossa qualidade de vida, mas, além disso, uma dieta natural e equilibrada é bastante favorável à preservação dos ambientes.

O consumo de alimentos orgânicos ou naturais ajuda a diminuir o uso de agrotóxicos e o equilíbrio alimentar leva a uma exploração menos irracional dos recursos do planeta, reduzindo, em muitos aspectos, nossas pegadas. Lembre-se de que não faltam alimentos no mundo e sim uma distribuição mais justa.

Consumo e descarte

Quanto mais consumimos, mais lixo produzimos. Os resíduos naturais, ou matéria orgânica, podem ser inteiramente absorvidos e reutilizados pela Natureza, mas o tipo de resíduos que nossa civilização produz nos dias de hoje, especialmente os plásticos, não podem ser eliminados da mesma forma.

Eles levam milhares de anos para se desfazer no ambiente. Você já mediu quanto você, sua família ou seu grupo de trabalho produzem de lixo por dia? A média nos grandes centros urbanos é de 1kg por pessoa. É muito lixo!

Mas você pode contribuir bastante se separar os materiais descartados. Comece separando o lixo entre seco (reciclável) e o úmido (orgânico). Você irá observar que o peso do seco é pequeno, porém seu volume é enorme.

Já o lixo úmido, ocupa menos espaço, porém é bastante pesado. Parte do lixo seco pode ser encaminhado para a reciclagem e o lixo orgânico, por sua vez, pode ser destinado à compostagem.

Esta atitude pode ser difícil no início, pois é necessário envolver todos que estão à sua volta, mas se você tem vontade de fazer algo que realmente contribua com a preservação do nosso planeta, continue tentando e implante a coleta seletiva.

Transporte

Quanto você se desloca por dia? De que forma: carro, ônibus, trem, metrô, a pé ou de bicicleta? A maioria dos meios de transporte que utilizamos em nosso cotidiano utilizam combustíveis fósseis, ou seja, não renováveis.

Esta fonte energética que vem do petróleo, do carvão e do gás natural polui o ar, principalmente nos grandes centros urbanos, devido à enorme quantidade de automóveis.

Hoje em dia, a ciência e a sociedade civil têm pressionado o poder público e a iniciativa privada na busca de soluções para a poluição. Este enorme problema agrava o aquecimento global e ocasiona o aumento de doenças respiratórias.

Por isso, um transporte sustentável tem de utilizar eficazmente a energia, ou seja, transportar o máximo de carga possível gastando o mínimo de combustível.

Daí a importância de se utilizar o transporte coletivo e de se oferecer carona sempre que possível. Andar de bicicleta e fazer pequenos trechos a pé, também ajuda a reduzir sua pegada.

Diminua sua pegada ecológica

  • Aposte no consumo consciente porque tudo aquilo o que é produzido para sustentar nosso estilo de vida demanda a retirada de matéria-prima da natureza e são bens finitos;
  • Informe-se sobre a obsolescência programada evitando descartáveis e dê preferência a produtos planejados para ter maior durabilidade;
  • Escolha marcas amigas do meio ambiente já que, uma vez que não podemos simplesmente parar de consumir, é melhor que compremos de empresas que se preocupam em diminuir a própria pegada ecológica;
  • Diminua sua geração de lixo porque tudo o que é descartado permanece no planeta e o impacta! Para tanto, aposte na reutilização, na reciclagem e  no reuso da água da chuva;
  • Evite desperdícios de tudo o que você puder, principalmente os alimentos. Esse tipo de medidas, além de ajudar você a diminuir sua pegada ecológica, também se traduz em economia que se você sente no bolso.

Certamente, há muito mais a ser feito para diminuir sua pegada ecológica. É sempre importante ter clareza de que, apesar de termos um impacto relativamente pequeno individualmente, em conjunto podemos fazer um grande estrago ao meio ambiente, e por esse motivo o esforço de cada um de nós é fundamental para preservarmos o planeta!

Fazenda urbana BeGreen, no Boulevard Shopping, comemora três anos de funcionamento

Com foco em diminuir as distâncias entre o produtor e cliente final, ser sustentável e produtivo gerando, menos lixo sem prejudicar o meio ambiente a startup Be Green lançou em fins de maio de 2017, no Boulevard Shopping, a primeira fazenda urbana da América Latina. Seguindo o conceito farm to plate (da fazenda para o prato), ao instalar a estrutura de produção em um centro urbano, evitando a baldeação das hortaliças entre o campo,o centros de distribuição, supermercados e entregadores.

A Be Green Fazenda Urbana ocupa uma área de 2.700 m², com uma estufa de 1.500 m² e capacidade para produzir até 50 mil pés de mini-alfaces, temperos e ervas por mês. Além da estufa, o projeto contempla um  hortifrúti de produtos agroecológicos  e um restaurante de alimentação saudável pioneiro no conceito “do campo à mesa” no Brasil.

O projeto funciona na área externa ao shopping onde funcionaria um estacionamento aberto e, além da produção de hortaliças livre de agrotóxicos, traz um conceito alicerçado na sustentabilidade e na produção em consórcio entre peixes e hortaliças. mensalmente, a fazenda produz 40 a 50.000 mil pés  ou cerca de 2,5 toneladas de alfaces babys e ervas. O processo de aquaponia, utilizado no plantio, permite que os peixes nos tanques gerem nutrientes para as hortaliças e a água serve também para a irrigação da estufa. A produção é 28 vezes mais eficiente que no método tradicional e gasta 90% menos água.

Um dos atrativos dos produtos da Be Green é a embalagem que mantém as hortaliças com a raiz e água, permitindo que fique até sete dias fora da geladeira. Isso faz com que o desperdício caía em até 80%.

O sucesso em BH levou a Be Green a se expandir e nova unidade foi instalado no Rio de Janeiro e outra dentro da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, considerada a primeira fazenda urbana inserida em um complexo industrial no mundo.

Enquanto experiência didática o Sebrae Minas recentemente conversou com Giuliano Bittencourt, CEO e cofundador da fazenda, sobre consumo sustentável e inovação com base no conceito de sustentabilidade urbana. Abaixo transcrevemos a entrevista, confira:

A BeGreen é a primeira fazenda urbana da América Latina, ou seja, uma ideia totalmente inovadora por aqui. Quais tendências de consumo e comportamento deram a você e ao Pedro (cofundador) a certeza de que era uma aposta que valia o investimento aqui no Brasil?

Acho que foram duas questões: a tendência e o problema. A tendência é passageira, a necessidade não. O primeiro ponto que identificamos é que quase 70% de tudo o que é produzido no Brasil é desperdiçado. Tomate, rúcula, beterraba, agrião, alface, todos esses produtos perecíveis são desperdiçados na cadeia logística do Brasil. O produtor leva ao entregador, que leva ao Ceasa ou ao Ceagesp, por exemplo, que, por sua vez, distribui para os supermercados e, dos supermercados, para nossas casas. Essas hortaliças têm vida útil bem baixa e, por serem produtos frescos, não podem ser tão transportadas. Nesse sentido, é um desperdício enorme porque a produção está longe do consumo. Em um país em que quase 40 milhões de pessoas tomam apenas uma refeição por dia e que produz 150 vezes mais a quantidade necessária de alimento, esse desperdício não faz sentido algum. Então, foi por um problema que a Be Green surgiu.

Já a tendência, que vem se mostrando cada vez mais presente e já deixou de ser apenas tendência, é a mudança do hábito de consumo das pessoas. Os millennials querem saber de onde vem a comida, estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis, por produtos saudáveis, por orgânicos, o que não ocorria na geração anterior, a dos baby boomers.

As marcas  presentes no mercado há 30, 40 anos, estão  modificando suas linhas de produto para atender a essas necessidades. Recentemente, as grandes empresas de proteína do Brasil e do mundo começaram a se adaptar aos hambúrgueres veganos.  Exemplo: a Unilever comprou a Mãe Terra porque não tinha um snack saudável e orgânico dentro de sua linha de produtos, e é possível ver redes como Shake Shack, nos Estados Unidos, ou o Madero, no Brasil, surgindo como alternativas de fast food com histórias por trás de seus hambúrgueres, com fazendas que produzem para a própria rede. Isso tudo mostra que, de fato, as pessoas estão se importando mais com aquilo que compram. Não é mais só pelo preço ou pela comodidade. E tudo isso corrobora com o que fazemos na Be Green: nós produzimos e entregamos para o consumidor.

Apesar de comercializarem produtos, vocês também se definem como uma empresa de educação. Como são essas atividades?

Nascemos para ser uma empresa de hortaliças dentro da cidade, reduzindo o desperdício, não utilizando agrotóxico, diminuindo o consumo de água e controlando a produção, de maneira que o metro quadrado seja mais produtivo. Para isso a Be Green nasceu. Mas quando nos instalamos dentro do Boulevard Shopping, em Belo Horizonte, vimos que a demanda das escolas era latente, querendo mostrar a seus alunos como é uma produção de hortaliças. Daí, vimos que tínhamos o DNA de ensinar e que era natural do nosso trabalho conscientizar as pessoas em relação à produção de hortaliças de maneira sustentável. Começamos a receber visitas e hoje, tanto em BH quanto no Rio de Janeiro, oferecemos uma experiência educacional para crianças, além da produção de hortaliças, que continua a ser nosso main business.

Temos todo um percurso educacional, que vai dos 3 aos 18 anos, e cada idade tem um conteúdo programático para estudar dentro da Be Green, além de biólogos e monitores que educam essas crianças. No Rio, também há uma experiência em laboratório.

A inovação está no modelo de negócios, no core business da Be Green. Mas como vocês levam inovação ao dia a dia de gestão e operação da empresa?

Acredito que inovação não é reinventar a roda, mas fazer com que a roda gire mais rápido e sem fricção. Olhamos para os processos antigos e tentamos melhorá-los diariamente, dado o propósito da Be Green. É algo muito mais centrado no que podemos fazer melhor para o meio ambiente e para o mundo do que uma tentativa de reinventar a reutilização de água ou a embalagem, por exemplo. Não. Nossa inovação é sempre no sentido de não impactar mais o meio ambiente.

Vocês têm investido em novas tecnologias?

Nossa tecnologia é interna. Nossas estufas são todas monitoradas: temperatura, umidade, PH, condutividade, luminosidade. Monitoramos e atuamos no ambiente da estufa para que as hortaliças cresçam de forma mais saudável possível. Aí, nesse sentido, temos tecnologia de produção indoor, com LED, rodando dentro de uma unidade nossa na Mercedes Benz. Não é uma tecnologia para vender, mas para uso próprio.

Acreditamos que a tecnologia não é fim, é meio. Nosso fim é ter hortaliças mais sustentáveis, mais saborosas e a experiência educacional totalmente ligada aos novos skills que as escolas estão buscando, que é algo menos expositivo e mais experimentativo.

A ideia da Be Green surgiu depois de uma visita sua à fazenda urbana do MIT, certo? Qual a principal diferença entre o modelo que você viu lá e o que desenvolveram aqui?

O modelo da Be Green é único no mundo. Existem outras fazendas urbanas, mas nenhuma dentro de shopping center e, mais do que isso, nenhuma focada em educar e transmitir sustentabilidade para os consumidores. A maioria das fazendas urbanas fora do Brasil está focada em aumento de produtividade unicamente. Nós, além da preocupação com produtividade, estamos empenhados em nos tornarmos mais sustentáveis todos os dias.

O que você aconselha aos empreendedores que buscam trabalhar com sustentabilidade em grandes centros urbanos?

Eu procuraria entender quais são os problemas reais, mais do que qual é o meu problema ou o seu problema. Por exemplo, aqui em BH estamos convivendo, nos últimos dias, com a questão das enchentes. Isso é um problema real, não um problema que afeta meia dúzia de pessoas, mas uma população inteira. “O que eu posso fazer para solucionar esse problema?”

Mas não gosto muito de dar conselhos; prefiro falar da experiência que eu tenho enquanto empreendedor da Be Green. Acho que vale olhar para a história da Be Green, que nasceu em função do problema de desperdício de alimentos, um problema real e gigante. Não conseguimos endereçar todo o problema, mas uma parte dele. Mas é por aí, ou seja, olhar para o problema, identificá-lo e criar uma solução.

O processo de empreender é desgastante, solitário e que leva tempo, pelo menos de 5 a 7 ou 10 anos, no mínimo. Uma vez estava em uma aula de pós-graduação, e o professor de sustentabilidade disse que o negócio sustentável é um negócio perene, build to last, feito para durar, e não para ganhar. Nunca me esqueci disso!

IPTU Verde no Horizonte

Não, não é um novo imposto, O IPTU Verde propõe redução a do IPTU, caso os contribuintes de BH e construtoras adotem medidas para reduzir o impacto ambiental e aumentar a eficiência energética em seus imóveis.

O reconhecimento do meio ambiente como um dos pilares do desenvolvimento sustentável é uma realidade já difundida internacionalmente e vem sendo continuamente incorporada pela população, pela estratégia de negócios das mais variadas empresas no setor empresarial e pelo planejamento e atuação de ações dos poderes públicos, que buscam minimizar e solucionar os efeitos negativos do crescimento desorganizado que já causou danos irreparáveis ao nosso planeta.  Dentre os incentivos a sustentabilidade, diversas cidades brasileiras tem adotados medidas compensatória que incentivam práticas sustentáveis, a partir do cumprimento de determinados requisitos através do desconto no pagamento do IPTU. 

De autoria do vereador Gabriel  Azevedo , o PL 179/17 propõe a instituição do Programa de Incentivo à Sustentabilidade Urbana em BH , denominando “IPTU Verde”, que estabelece o desconto progressivo no Imposto Predial e Territorial Urbano aos proprietários de imóveis que adotarem medidas de redução de impacto ambiental e eficiência energética. O projeto já foi aprovado em primeiro turno e, recebeu emenda do próprio autor para adequar a iniciativa ao novo plano diretor aprovado em Belo Horizonte e praticamente deve ser votado o mais breve possível já que desde o início da tramitação tem recebido o poio da maioria dos vereadores e, inclusive já conta com o aval da prefeitura para sua sanção.  “Quando o projeto foi apresentado, o Plano Diretor ainda não vigorava, agora vigora, e há a outorga, que é algo que se paga para construir. Portanto, nós teremos agora um projeto de lei de IPTU e outorga verde.  As novas construções que pagariam o valor total de outorga deixarão de pagar parte desse valor se construírem essa edificação com painéis fotovoltaicos, reutilização de água e outras medidas sustentaveis”, explicou o vereador.

O IPTU Verde oferece descontos variados pelos municípios para construções sustentáveis. Em São Paulo, o desconto pode variar entre 4% a 12%. Quem construiu ou reformou empreendimentos residenciais, empresariais ou mistos, seja casa ou prédio, implementando algum sistema ecoeficiente em sua obra.

Alguns desses sistemas são a captação e reuso da água, geração de energia solar , tratamento de resíduos, aproveitamento bioclimático e uso de materiais provenientes de fontes naturais renováveis ou recicladas, tratamento adequado de dejetos e resíduos, utilização de matéria-prima renovável, reciclável biodegradável e atóxica; utilização de tecnologia e material que reduzam o impacto ambiental e separação do lixo.

A prática do IPTU Verde já é comum em países Europeus e cidades americanas, e vem ganhando cada vez mais o território nacional, com descontos que podem chegar a 100% em alguns municípios. No senado federal inclusive existe uma PEC em tramitação que determina a obrigatoriedade da implantação do IPTU verde nos municípios brasileiros.

Hoje, muitas pessoas buscam ações sustentáveis por consciência. Se os executivos dos governos municipais, estaduais  e federal estimularem essa iniciativa, a tendência é que cada vez mais os cidadãos sejam contagiados a adotar tais medidas. Práticas de sustentabilidade é fundamental para todos e, para  as cidades que habitamos.

Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente

Poucas pessoas sabem, fato é que Belo Horizonte foi a primeira cidade do Brasil a ter um Conselho Municipal do Meio Ambiente com caráter deliberativo, a lei foi aprovada na Câmara Municipal de Belo Horizonte três anos antes que a constituição federal de 1988 no seu artigo 225, estabelecesse o meio ambiente como direito e o usufruto comum a todos, essencial a uma plena qualidade de vida. E determinou aos poderes públicos e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as gerações atuais e futuras.

O pioneirismo de BH também se deu na criação do fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente através do Decreto lei nº 5.893 de 16 de Março de 1988, que em regulamentação ao artigo 17 da Lei Municipal nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985, criou um fundo com o objetivo de custear projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente na capital.  Passados 22 anos, até os dias de hoje, podemos constatar com base na pesquisa de Informações básicas municipais (MUNIC) realizada pelo IBGE, que somente 53% das cidades brasileiras dispõem de fundos específicos para projetos de iniciativas da coletividade em defesa do meio ambiente.

O que é o Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Grande parte dos problemas que afetam o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas estão a cargo do município resolve-los. E a partir dele que podem ser empreendidas ações capazes de preveni-los e solucioná-los. Mais do que isso, o município é o local onde se podem buscar caminhos para um desenvolvimento que harmonize o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente e o bem-estar da população.

O Conselho Municipal de Meio Ambiente é um órgão de gestão do meio ambiente criado para esse fim. Esse espaço destina-se a colocar em torno da mesma mesa os órgãos públicos, os setores empresariais e políticos e as organizações da sociedade civil no debate e na busca de soluções para o uso dos recursos naturais e para prevenir ou recuperação os danos ambientais. Trata-se de um instrumento de: exercício da democracia, educação para a cidadania e convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes. É também um fórum para se tomar decisões, tendo caráter deliberativo, consultivo e normativo.

A nomeação de conselheiros e conselheiras cabe ao Poder Executivo municipal bem como dar posse aos integrantes do Conselho e a seus respectivos suplentes e a estrutura para seu devido funcionamento. Para que o Conselho Municipal de Meio Ambiente cumpra com suas atribuições de maneira satisfatória, precisa de que ele seja representativo. Portanto, que tenha uma composição paritária, ou seja, que considere, em igualdade numérica, representantes do poder público e da sociedade civil organizada. Os conselheiros municipais de meio ambiente são pessoas que agem de forma voluntária em benefício da melhoria da qualidade de vida e, portanto, não recebem pagamento pelos serviços prestados

Para melhor entender:

O Conselho não tem a função de criar leis. Isso compete ao legislativo municipal, ou seja, à Câmara de Vereadores. O conselho pode sugerir a criação de leis, bem como a adequação e regulamentação das já existentes, por meio de resoluções, quando isso signifique estabelecer limites mais justos para a qualidade ambiental ou facilitar a ação dos órgãos executivos.

Parque Jacques Costeau

O que é o Fundo de Defesa do Meio Ambiente?

É um fundo tem a finalidade de captar, gerenciar recursos próprios do executivo e aplicar esses recursos na proteção, conservação e promoção da qualidade ambiental do município. 

Os recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente podem ser utilizados por:

  • Órgãos da administração direta ou indireta do próprio município;
  • Organizações não governamentais;
  • Pessoas físicas, organizações de base civil, associações, entidades educacionais, associações de produtores, associações de reposição florestal, entre outros (sem fins lucrativos);
  • Organizações da sociedade civil de interesse público.
  • As empresas privadas participam na execução de obras de meio ambiente relacionadas aos projetos aprovados.

Como participar

Anualmente a prefeitura faz um chamamento público para que os interessados apresentem os projetos e propostas voltadas à melhoria do meio ambiente na cidade.

Este ano a prefeitura destinou 700 mil para o fundo, é um dos projetos aprovados foi a instalação da energia fotovoltaica no edifício sede da PBH no valor de 180 mil reais, o que vai gerar uma economia superior a 10 milhões de reais nos próximos em 10 anos.

Exemplos da destinação do dinheiro do fundo

Revitalização de áreas degradas, estudos ambientais, concursos para intervenção urbana, Seminários, eventos, congressos, oficinas ecológicos, publicações, projetos de desenvolvimento sustentável, manutenção ou criação de espaços verdes de praças ou parques, educação ambiental, projetos de reciclagem, coleta seletiva, Instalação de energia fotovoltaica, entre outros.

Parque das Mangabeiras é escolhido o melhor parque de lazer em BH

Enquete realizada pela Tripadvisor  elegeu o Parque das Mangabeiras o lugar verde mais top para passear com a garotada, pesquisa foi feita nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, com frequentadores não residentes da cidade e, em parceria com as agências de viagens locais, onde cerca de 4 mil pessoas participaram, divulgada no mês de março, apontou os parques ou áreas de lazer mais procurados pelos turistas na cidade. Além das qualidades, melhorias foram sugeridas. A pesquisa passou despercebida devido a pandemia do Covid e a suspenção do uso destes equipamentos públicos, para se evitar o contágio do coronavírus . Um outro dado que chamou a atenção é que as pessoas afirmaram que antes ou depois do passeio ao parque das Mangabeiras, elas param na praça do Papa ou vão até o mirante do bairro para curtirem o visual de BH.

Veja a lista dos outros locais top 10 de BH.

2º – Lagoa da Pampulha 

3º – Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Centro

4º – Parque Ecológico da Pampulha

5º – Fundação Zoo-Botânica – Jardim Zoológico

6º – Parque Fazenda Lagoa do Nado

7º – Parque Ecológico Burle Marx

8º – Parque Ecológico do bairro Caiçara

9º – Parque Municipal Amílcar Vianna Martins

10º – Parque Rosinha Cadar

11º – Parque Municipal Julien Rien

Confira alguns depoimentos

Parque Maravilhoso

O local é agradável com vistas lindas, apenas faltou sinalização e encontramos o mirante da mata por acaso. É uma subida intensa porém rápida. Tem banheiro e bebedouro no meio do caminho, o que foi ótimo para nos recuperarmos e chegarmos até o final da trilha. Vi muitas borboletas no local, é lindo. Recomendo reservar uma manhã ou tarde inteira. Use protetor solar e repelente. Foi necessário apresentar documento e carteirinha com a vacina da febre amarela.

Priscila Gonçalves SP

Piquenique

Ótimo lugar pra levar a criançada pra fazer aquele passeio diferente. O parque disponibiliza de ótimos espaços com brinquedos pra atividades das crianças. Sem contar que é um lugar ótimo pra fazer fotos.

Gabi Monteiro – Vespasiano

Lugar lindo

O parque é lindo! Minhas filhas amaram. Lembrem de levar cartão de vacina com o registro da vacina contra febre amarela. Eles solicitam na entrada.

Daniele Gomes – Brasília

Que delícia de domingo

O parque é lindo. Natureza maravilhosa. Quadras. Caminhadas. Mirantes. Riachinhos. Bichinhos silvestres,um lugar encantado para as crianças. Precisa de um novo restaurante para os visitantes.

Kele – Belo Horizonte

BH implanta Cadastro e Gestão do Inventário das Árvores

Projeto de uma década.

O  primeiro passo para a realização do “Inventário das Árvores de BH”  foi um convênio assinado no início de 2011, entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Lavras, através do seu departamento de Ciências Florestais. A iniciativa contou com o apoio da Cemig e suporte de TI da Prodabel. Na ocasião seriam diagnosticadas cerca de 250 mil árvores estimadas em logradouros públicos, todas as árvores analisadas foram cadastradas e incluídas no Sistema de Informações do Inventário de Árvores de Belo Horizonte (SIIA-BH)  instalado no DataCenter da Prodabel.

A Secretaria Municipal de Meio na época listou 57 itens a serem verificados. Entre os itens, destacam-se aqueles relacionados à saúde da árvore e, caso fosse verificado algum risco, a população quanto a árvore.

Na época, a previsão era de que o levantamento fosse finalizado em um ou dois anos. Diversas justificativas foram apresentadas para explicar os atrasos: falta de experiência dos técnicos, chuvas, questões burocráticas e até mesmo a falta de segurança, já que os trabalhadores fazem a coleta com tablets – para isso, a gestão municipal determinou que guardas municipais acompanhassem os técnicos.

 Retomado como prioridade na atual gestão devido o aumento de quedas de arvores, decorrentes excesso do volume de chuva e dos  fortes ventos na capital, frutos das mudanças climáticas. Em 2018, após 2 mandatos diferentes, a PBH conseguiu totalizar o mapeamento de 300 mil árvores. Ainda falta realizar o trabalho em parte da regional Pampulha e nas regionais Norte, Nordeste, Venda Nova e Barreiro.

O levantamento tem dado à Prefeitura dados importantes em diversas questões relacionadas às árvore, gerando uma lista com o endereço/localização de todas as árvores,o estado fitossanitário (saúde da árvore), a realização de uma análise preventiva, bem como a identificação  da espécies.

Além de entender a cobertura por árvores do município, projeto busca estabelecer mecanismos de monitoramento e controle da arborização viária

Antes haviam estimativas que fossem cadastradas cerca de 250 mil unidades, porém houve necessidade em ampliar o projeto que será finalizado com o cadastramento de aproximadamente 500 mil árvores.

Responsável pela gestão do inventário das árvores do município, a Secretaria municipal de Meio Ambiente, tem atualizado esse inventário. As equipes da secretaria, por meio de um sistema de informação fornecido pela empresa GT4W,  utilizam um banco de dados único e múltiplas informações, que são acessíveis, consultadas e editadas, permitindo ao município manter atualizada a base de árvores, bem como prover estudos, análise e gerações de indicadores pertinentes a gestão do município. Outro objetivo é antecipar possíveis quedas de árvores, associando diversas informações e projeções, para sustentar a tomada as medidas preventivas em cada caso, uma vez que estas quedas podem causar perdas materiais e humanas. Até o momento o Inventário identificou a existência 566 espécies de árvores floríferas na cidade. Das 300 mil espécimes já recenseadas, 308 são de gêneros com floração expressiva, além de 141 que produzem frutos consumidos pela fauna urbana e até pela população. Região Oeste concentra maior quantidade de árvores floríferas da cidade. A PBH sabe que ao menos 1,4 mil unidades estão infestadas por um inseto – Euchroma gigantea, conhecido como “besouro metálico” – que pode comprometer os sistemas estruturais da árvore. Outras 700 já foram suprimidas justamente por esse problema. E a estimativa de que 10% das  árvores na capital estão condenadas ou em situadas inadequadas.

A sibipiruna é, no momento, a árvore florífera mais comum na cidade, com 18.946 unidades catalogadas. A Região Oeste é a que concentra maior quantidade de árvores floríferas de BH. As espécies que são mais conhecidas da população como os ipês e as quaresmeiras, também fazem parte do gênero das floríferas mais comuns da capital. A murta é a segunda espécie de árvore florífera mais encontrada na cidade, são 18.585 unidades catalogadas. 

Sibipiruna

Sabia quais são as 10 espécies mais plantadas na cidade:

  • Sibipiruna – 18.946
  • Murta – 18.585
  • Quaresmeira – 10.502
  • Ipê rosa – 9.665
  • Resedá – 6.321
  • Pata de vaca – 6.263
  • Ipê tabaco – 6.034
  • Magnólia – 5.599
  • Escumilha africana – 5.388
  • Ipê amarelo – 2.807

Reservas Particulares Ecológicas em BH

Uma das formas de garantir e promover a qualidade do ambiente urbano é preservar e manter as áreas verdes existentes, por meio da criação de parques e pela proteção aos cursos d’água naturais, proporcionando a coletividade espaços de lazer, o convívio social e garantindo a preservação do meio ambiente e a fauna.  Além das áreas verdes já consolidadas e institucionalizadas pelo município, como os parques e demais áreas já protegidas, bem  como,  os  espaços  situados em universidades, hortos, zoológicos e jardins botânicos a cidade de BH dispõe de Reservas Particulares Ecológicas.

Mata da Reserva Florestal da Empresa Siderúrgica Vallourec do Brasil

Entre as áreas verdes localizadas em propriedade particulares, destacam-se os vinte hectares de vegetação contidas na Reserva Florestal da Empresa Siderúrgica Vallourec do Brasil, localizada no Barreiro, e treze hectares da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Minas Tênis Clube localizado à extremo leste do município, na Regional Leste.  Os fragmentos menores são constituídos por Reservas Particulares Ecológicas (RPEs) que, somados, totalizam 11 áreas protegidas e possuem aproximadamente 30 hectares, com um total de 290.263,20 metros quadrados. 

O que é a Reserva Particular Ecológica

As  RPEs foram criadas e são institucionalizadas pelo município de Belo Horizonte através da Lei Municipal nº 6.314/93  que define em  seu artigo 1º  “Qualquer pessoa, física  ou jurídica, poderá requerer ao executivo que institua em imóvel de sua propriedade, Reserva Particular Ecológica, por reconhecê-la como de valor ecológico, total ou parcialmente”. Com o objetivo de estimular a preservação de áreas de propriedade particular de grande relevância sob o ponto de vista ambiental.

As Reservas Particulares Ecológicas são instituídas por iniciativas dos  próprios proprietários dos imóveis, que podem requisitar ao executivo a transformação do terreno nesse tipo de reserva pelo período mínimo de 20 anos, da totalidade ou de apenas parte de suas propriedades, com isenção proporcional de IPTU, dando assim incentivos aos proprietários de áreas urbanas que as mantêm preservadas e transformadas em áreas de proteção ambiental.

Esses dados evidenciam que o número atual de reservas não faz jus ao tamanho da capital. Na tentativa de mudar o cenário, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) iniciou um amplo projeto de divulgação. Foi feito um mapeamento em fotos aéreas de Belo Horizonte dos pontos onde há resquícios de vegetação. Mais de 20 áreas, em diversas regiões da cidade, têm potencial para se tornar RPEs.

Importância

As RPEs apresentam atributos bióticos – fauna e flora – importantes para o contexto da região em que se insere, formando com outras áreas verdes da região um mosaico de ilhas verde que permitem a sustentação das espécies silvestres de caráter antropizado – aquelas que toleram ou convivem bem com os ambientes urbanizados.

Essas reservas apresentam massa de vegetação arbórea preservada expressiva, dentro de um perímetro de grande urbanização do Município, o que contribui para o microclima da região, a retenção de partículas sólidas em suspensão e a redução da poluição do ar na região.

Também constituem área permeável expressiva, o que contribui positivamente para a integridade das áreas vizinhas, estas com área permeável ausente ou inexpressiva, uma vez que permite o direcionamento e a infiltração das águas pluviais, evitando, com isso, um maior volume de água nessas áreas, diminuindo a probabilidade de enchentes e sedimentos em forma de enxurrada.

Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá requerer ao Executivo que institua em imóvel de sua  propriedade uma Reserva Particular Ecológica, por reconhecê-la como de valor ecológico, total ou parcialmente, devendo encaminhar ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA/PBH, via BH Resolve que realizará um estudo para verificar se o imóvel se enquadra dentro das finalidades de proteção ambiental.

Santa Casa de BH: um Hospital com selo Verde e sustentável

O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) representa no Brasil a Rede Hospitais Verdes e Saudáveis, organização de âmbito global coordenada pela ONG Saúde Sem Dano, que reúne mais de 30 mil organizações de saúde em todos os continentes. Esta rede mundial de organizações de saúde está comprometida com uma agenda ambiental, bem como o debate de políticas públicas e institucionais que promovam a sustentabilidade ambiental das cadeias produtivas e de consumo no setor saúde e, consequentemente, a melhora dos indicadores globais de saúde.

Em Minas Gerais, a Santa Casa de BH pelo reconhecimento de adoção das iniciativas voltadas para a sustentabilidade e responsabilidade ambiental foi o quinto hospital do Estado a se tornar membro institucional do Projeto Hospitais Saudáveis. Em Belo Horizonte, é a segunda instituição a integrar a associação. Sendo desde 2018 junto com o Hospital das Clinicas a responsável em Minas Gerais pelo Seminário da entidade.

A Organização Mundial da Saúde, assim como os principais centros de pesquisa em saúde pública do mundo alertam para o fato de que a mudança do clima afetará diretamente a capacidade dos sistemas de saúde em desempenhar suas atividades, não apenas pelos efeitos de desastres naturais, que se tornarão mais frequentes, como pela redução do acesso a recursos essenciais, como água, energia ou mesmo financiamento adequado às ações de saúde, já que a crise climática acarretará também gigantescos impactos econômicos e sociais.

O sucesso no combate à mudança do clima é de grande interesse das próprias organizações de saúde, as quais devem participar ativamente não apenas dos esforços de adaptação à essa nova classe de ameaças à saúde pública e aumento da carga de doenças, como também assumir posição de liderança no esforço global para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em todas as atividades, inclusive a própria assistência à saúde, que nos diz respeito diretamente.

A Gerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade (GMAS) do Grupo Santa Casa BH é responsável pelo desenvolvimento de projetos e ações voltadas para a minimização de impactos ambientais que causem ou possam causar danos ao meio ambiente. Mantém também o gerenciamento funcional dos resíduos gerados na instituição, procedimento que contribui para o controle de infecção hospitalar e de prevenção aos acidentes ocupacionais, aprimorando as medidas de segurança e higiene e visa. 

• Mobilizar organizações de saúde a promoverem políticas de suprimentos alinhadas com a defesa da saúde pública ambiental, tendo como objetivo proporcionar o aumento da demanda por produtos sustentáveis e redução daqueles que sejam mais prejudiciais ao meio ambiente e à saúde;

• Estimular e encorajar organizações de saúde a tomar medidas concretas para minimizar os efeitos das mudanças do clima e implementar medidas em defesa da saúde pública ambiental;

• Promover a gestão responsável e efetiva dos impactos ambientais das atividades de saúde, em especial pela disseminação de conhecimento e adoção de metodologias, indicadores e referenciais adequados.

Além disso, trabalha continuamente na consolidação da política dos 5 Rs: Recusar, Reduzir, Repensar, Reaproveitar e Reciclar. Todo o material que não pode ser reaproveitado é encaminhado para a reciclagem e os resultados dessa ação surpreendem a cada ano. Nos últimos dois anos uma média de 110 de toneladas de resíduos foram gerados na instituição a verba adquirida muito superior ao custo de descarte tem sido usada para a manutenção do Hospital

A GMAS também é responsável pela coordenação do programa “Consumo Consciente”, que tem por objetivo conscientizar os funcionários sobre a responsabilidade na utilização de recursos, conservação de equipamentos e zelo com as instalações da instituição.

Entre as tarefas da Gerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade do GSCBH visando à responsabilidade ambiental da instituição, se destacam:

  • Capacitação e treinamento periódico sobre a importância do adequado gerenciamento de resíduos de serviço de saúde (PGRSS);
  • Auditorias internas e educativas visando o adequado descarte do resíduo gerado nos setores assistenciais;
  • Acompanhamento de poda e das árvores dentro e no entorno dos Hospitais;
  • Capacitação e formação de agentes e multiplicadores ambientais;
  • Realização de seminários e palestras socioambientais;
  • Campanhas de educação ambiental (redução da geração de resíduos, economia de água e energia, redução do consumo de copos descartáveis e de papel para impressão etc);
  • Projeto Hortas Urbanas – cultivando uma cidade mais saudável, com plantio de hortaliças para uso interno.)
  • Único ponto de recolhimento de película de raios-X de Minas Gerais, voltadas para o público interno e externo; 
  • Obtenção do Selo Verde Green Kitchen de Cozinhas Sustentáveis em reconhecimento às boas práticas adotadas na produção de refeições através de medidas sustentáveis;
  • Estruturação um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) para buscar futuras certificações ambientais;
  • Integração ao Projeto Hospitais Saudáveis que tem como objetivo transformar o setor da saúde em um exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral.

As ações desenvolvidas são ininterruptas e a Gerência de Meio Ambiente e Sustentabilidade continuará empenhada na busca do equilíbrio sustentável para o Grupo Santa Casa de BH e para toda a sociedade.

BH recebe prêmio internacional por liderança climática na América Latina

Belo Horizonte recebeu durante lançamento do Índice CDP Brasil de Resiliência Climática, o prêmio internacional por liderança em ações climáticas no Brasil.

Concedido pelo Carbon Disclosure Project (CDP), uma organização global com sede na Inglaterra, sem fins lucrativos. A CDP impulsiona empresas e governos a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, manter os recursos hídricos, proteger florestas e desenvolver ações sustentáveis.

A premiação promovida pelo CDP representa um simbólico reconhecimento pelo avanço e comprometimento da cidade em sua política ambiental. Com o reconhecimento do CDP, Belo Horizonte se une a outras 105 cidades no mundo com nota A na lista da organização, que reúne uma população combinada de 170 milhões de pessoas. 

No Brasil, além de Belo Horizonte, apenas a cidade do Rio de Janeiro obteve o reconhecimento de liderança.

Em 2019, 850 cidades de todos os continentes foram selecionadas e responderam ao questionário elaborado pela CDP Cities. Para pontuar em “A” a cidade precisa apresentar um inventário de GEE, demonstrar melhores práticas em adaptação e mitigação, definir metas ambiciosas e realistas e demonstrar progresso para atingi-las. Por fim, apresentar planos estratégicos e abrangentes para assegurar que as ações que estão adotando reduzirão os impactos climáticos e a vulnerabilidade dos cidadãos, empresas e organizações instaladas na cidade.

Segundo a entidade, as cidades reconhecidas estão realizando três vezes mais ações climáticas do que as demais. Entre os projetos e ações da Prefeitura de Belo Horizonte destacados no relatório, está o novo Plano Diretor, a adesão à Nova Agenda Urbana da ONU, a revisão do Inventário e do Plano de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), além dos projetos de agroflorestas e de revegetação de áreas degradadas (Montes Verdes), plantio de mudas no entorno de escolas (Plantar).

O Secretário de Meio Ambiente,  Mário Werneck Recebeu o troféu das mãos de Andreia Banhe, gerente do programa CDP Cities para a América Latina. Para o secretário o reconhecimento internacional ao trabalho na área ambiental demonstra que a capital mineira está no caminho certo para o enfrentamento das questões climáticas. “Apesar dos desafios inerentes às grandes cidades, os diversos órgãos da Prefeitura de Belo Horizonte têm avançado em planejamento e execução de políticas públicas na tentativa de minimizar os efeitos das mudanças climáticas”.

“Estas 105 cidades, incluindo Belo Horizonte, demonstram como fazer, dando um exemplo a ser seguido por outras, e nós as parabenizamos por sua posição de liderança”, frisou Kyra Appleby, diretora global de cidades, estados e regiões do CDP.

Hortas comunitárias

As hortas comunitárias têm o papel de produzir alimentos através do trabalho voluntário da comunidade. Além da produção de alimentos para o consumo próprio, as hortas comunitárias oferecem vários benefícios ambientais, sustentáveis e educacionais, promove a interação das pessoas com a natureza através de práticas que proporcionam benefícios físicos e mentais, bem como a possibilidade de renda pela comercialização de seus produtos ou mesmo na economia financeira de não ter de comprar essas hortaliças.

As hortas comunitárias são espaços de cultivo que oferecem inúmeros benefícios para uma determinada comunidade. Dos mais importantes, destacam-se os seguintes:

  • O cultivo de alimentos sempre frescos e à mão de semear. Os alimentos não necessitam de percorrer vários quilómetros para chegar à mesa de uma família ou de uma comunidade, nem precisam de esperar muito tempo para serem consumidos.
  • A produção de legumes e vegetais para o consumo de escolas, instituições ou famílias de baixos rendimentos.
  • A melhoria da qualidade da alimentação de uma dada comunidade com o consumo de produtos frescos e naturais.
  • A possibilidade de ocupar os cidadãos desempregados que moram nos centros urbanos, reduzindo os custos com a mão-de-obra.
  • A redução das despesas com a alimentação.
  • A hipótese de colocar as mãos na terra e desenvolver uma atividade relaxante que liberte o stress do dia-a-dia.
  • A possibilidade de contribuir para a beleza natural e para o desenvolvimento de uma região em um espaço que, possivelmente, estaria abandonado e subvalorizado.
  • A construção de um espaço de convívio e de aprendizagem mútua. Estes espaços são constituídos como locais de formação para jovens e crianças, pois vão fazer com que valorizem e desenvolvam uma maior consciência ambiental.
  • A requalificação e a renovação da paisagem urbana e a contribuição para os projetos de inclusão social.

Exemplos  belorizontinos  relacionados a Hortas Comunitárias  e a agricultura Urbana

Lote remanescente da duplicação da Antônio Carlos  vira ‘Quintal do Sô Antônio’.

Quintal do Sô Antônio

Por iniciativa da atriz e produtora musical Cida Barcelos transformou – com a ajuda de moradores e comerciantes da região – um terreno entre a avenida Antônio Carlos e a rua Francisco Soucasseaux em “Quintal do Sô Antônio”. “Era uma área abandonada, pertencente à Prefeitura de Belo Horizonte, hoje reconhecido pela PBH,  e incluindo no “Adote o Verde”. O local é motivo de orgulho. “Pode observar que  ninguém tem uma esquina mais bonita que a nossa”, afirma a aposentada Jane Botelho vizinha do local.  .

Horta Comunitária Jardim Produtivo

O Jardim Produtivo é uma experiência de horta comunitária produtiva que deu certo na cidade iniciado em 2008 em parceria com a prefeitura de Belo Horizonte, a horta foi estruturada em um terreno de 3.500 metros quadrados pertencente à prefeitura anexo ao conjunto habitacional Pongelupe no Barreiro. No início vinte e sete famílias do entorno participaram do curso de capacitação que deu início à horta. Hoje hortaliças são vendidas a um preço único: R$2, para os vizinhos. A partir de 2010, os agricultores que antes compartilhavam plantio e colheita optaram por um esquema de canteiros individuais, com o lema “Ninguém mexe no canteiro do outro.” A demanda, segundo os agricultores, é sempre superior a produção.

I Encontro Itinerante das Hortas Comunitárias de Belo Horizonte e Agroecologia

No dia 30 de novembro de 2019 aconteceu o I Encontro Itinerante das Hortas Comunitárias de Belo Horizonte e Agroecologia, no Aglomerado Barragem Santa Lúcia.  O segundo encontro proposto para 2020 ainda não se realizou devido a pandemia do coronasvírus. O objetivo do Encontro foi contribuir para a interação e relações entre os agricultores de hortas comunitárias de Belo Horizonte, cultivada sem agrotóxicos, e para a formação de uma rede de hortas comunitárias agroecológicas. Participaram deste encontro representantes da Horta Agroflorestal da Vila Acaba Mundo, da Horta Bela Vista, da Horta Encantada, da Horta Escadão Agroecológico do Esplanada, da Horta Lá de Casa, da Horta do Taquaril, da Horta Morro Verde do Morro das Pedras e da Horta Comunitária Esperança.

Ações Institucionais

A subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da PBH através da Gerência de Fomento à Agricultura Familiar e Urbana e promove parcerias com 247 projetos de agricultura urbana na cidade, classificados em:

Sistemas Agroecológicos Escolares, são 163 projetos – UMEIS , escolas municipais e creches conveniadas onde as responsáveis são em sua maioria as cantineiras da rede municipal e os professores da escolas. E este número pode ser maior se computado as iniciativa dos colégios particulares.

Sistemas Agroecológicos Institucionais, são 47 projetos localizados em equipamentos públicos, que vão deste a um posto de saúde, asilos, a campo de futebol e compreende o conjunto de equipamentos que não são da área da educação.

Horta do Centro de Saúde Alcides Lins

Sistemas Agroecológicos Coletivos, são 37 projetos desenvolvidos em terrenos próprios da Comunidade.

Outra ação importante de atuação institucional da cidade e a Emater que oferece oficinas públicas e gratuitas  para o plantio de hortaliças em espaços alternativos e a utilização de recipientes de plantios tipo pneus, garrafas, caixotes, pets e outros materiais recicláveis.  Outra iniciativa do órgão e a parceria nas ações do Programa Hortas Escolares e Comunitárias da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional da PBH, onde a entidade entra com o apoio tecnológico, palestras nas escolas e doação de sementes.

 De acordo com a  Emater,  em BH  o órgão  atua, desenvolvendo projetos de incentivo à agricultura urbana em 98 escolas públicas municipais e 11 estaduais e, apoio a 69  hortas familiares de comunidades.

Iniciativas e encontros e ações institucionais  como essas demonstram que em Belo Horizonte a agricultura urbana na capital tem raízes que vão desde a origem da cidade e produz muito mais alimentos do que as pessoas imaginam.